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A importância do líder – educador nas organizações

O aumento da importância das organizações foi acompanhado pelo aumento da importância dos líderes, o que se justifica na medida em que eles são diretamente responsáveis pela estratégia e objetivos a serem alcançados pela organização.

Vencer o desafio de transformar gerentes em educadores é o caminho para se chegar a excelência e à incorporação de modelos administrativos gerenciais necessários às exigências de mercado, pois o que ocorre ainda é o descompasso entre o discurso e a ação, ou seja, entre o que a liderança principal da Empresa acredita e deseja e o que se faz nos outros níveis da Empresa.

O líder, por meio do processo decisório tem a responsabilidade de escolher os caminhos da organização e executar a escolha através de seus comandos.

Quais as grandes diferenças entre um gerente e um educador? Os dois, tanto o gerente quanto o educador, fazem a mesma coisa. A diferença está na forma como ela é feita:

Enquanto que o gerente se comunica com seus subordinados através de meios formais, distantes e hierarquizados, impessoais e impregnados de regras e normas para a manutenção do status e poder inerentes à função e aos símbolos organizacionais o educador está sempre presente, se comunica de forma direta, pessoal, franca e objetiva, explica, ensina, demonstra, avalia, coloca a emoção e o afeto e, principalmente, é parte do time na busca de melhores desempenhos.

O grande desafio atual vem sendo a necessidade que as organizações têm de se adaptar e levar a todos os seus níveis funcionais, a incorporação de novos modelos, métodos, técnicas e atitudes comportamentais necessários a mudanças, inovações e a sobrevivência sadia e competitiva no mercado.

A evolução das organizações, tendo a “mudança” como novo paradigma, tem exigido uma nova postura e estilos pessoais/gerenciais voltados para uma realidade diferenciada e emergente. Os estilos até agora predominantes (controlador, negociante, técnico, apoiado, etc.) já não atendem às necessidades das empresas e dos trabalhadores, que hoje se concentram em líderes organizacionais voltados para o aprender a aprender, aprender a pensar, aprender a criar e, principalmente, para a coragem de crescer e inovar.

O gerente do futuro deverá ter sua formação e vocação voltada para o processo de ensinar – aprender, e, infelizmente, poucas empresas e gerentes têm conseguido sair desse discurso para a ação.

O gerente deve deixar de ser o centro para tornar-se o principal agente e facilitador de processo, o treinador do time.

Para melhorias no desempenho e busca de resultados e mudanças comportamentais significativos, alguns princípios devem ser incorporados a uma nova postura. Entre eles:

1- A substituição dos estilos e a atuação gerencial predominante (técnico-autoritários) pelo estilo interativo-integrativo inspirado em modelos do disseminador, treinador, instrutor, maestro, monitor e facilitador, fundamentados na orientação pessoal cooperativa do Ganhar X Ganhar;

2- O trabalho gerencial deve ser orientado para a substituição dos modelos do aprender a fazer, das habilidades específicas e especialização funcional por modelos centrados no aprender a pensar, na educação continuada e, principalmente, no aprender a ensinar;

3- A oferta de singularidade no processo de aprender a ensinar no trabalho, visando o fortalecimento e o respeito aos valores culturais e costumes intrínsecos de cada indivíduo, grupo e organização, como forma de se eliminar barreiras e resistências.

Essa nova postura transformada de gerente a treinador, contraposta aos métodos tradicionais, deverá estar em consonância com as tendências do mundo moderno e as novas necessidades dos indivíduos e das organizações. Assim, o gerente-treinador deverá ter:

Uma visão abrangente e multidisciplinar do mundo, tanto técnica quanto geral;

Capacidade interpessoal para orientar e desenvolver equipes autônomas para o processo da auto-aprendizagem;

Habilidades de exímio negociador dentro e fora dos limites da organização e nos locais de Treinamento e Trabalho;

Saber conviver com a incerteza e elaborar respostas rápidas no processo de ensino-aprendizagem de seus colaboradores;

Elevada sensibilidade humana e ética para os problemas de indivíduos e grupos.

Somando-se a este contexto, incorpora-se a necessidade de se trabalhar continuamente, a base de sustentação para o perfeito equilíbrio e harmonia do indivíduo com seu ambiente, para o exercício e a convivência do ” simples com a alta tecnologia recheada de calor humano”.

Os nossos maiores inimigos são os nossos paradigmas, portanto, lutar contra eles será o nosso maior compromisso, se quisermos manter nossos negócios funcionando.

Qual é o seu estilo de liderar? O estilo tradicional, autoritário e paternalista? Ou participativo, que dá espaço para que as pessoas pensem, criem e trabalhem utilizando todos os seus potenciais?!!

Abandone a crença de que o seu diferencial competitivo estará respaldado na tecnologia, pois será o conhecimento o verdadeiro diferencial. Pessoas inteligentes produzindo produtos e serviços inteligentes. Porém, pessoas inteligentes necessitam de Liderança inteligente!

As organizações estão procurando por gente para assumir responsabilidades e obter resultados, por isso o talento mais bem cotado nos dias de hoje é o talento da liderança.

A sensibilidade de lidar com gente e a objetividade em alcançar metas são talentos que sobressaem e são muito bem aproveitados. É fundamental entender as pessoas para poder liderá-las.

As empresas vencedoras são aquelas que formam líderes em todos os níveis. Por sua vez, líderes vencedores são aqueles que usam seus talentos para ensinar novas gerações de líderes, fazendo sobressair os talentos que serão sempre procurados e nunca preteridos.

Procure conviver e aprender com profissionais e empresas que praticam e difundem valores e que possuem ousadia, garra e eficácia para seus negócios. Eles sempre têm histórias de sucesso e um ponto de vista educacional. Pois são líderes vencedores, que usam seus talentos para alavancar e desenvolver novos líderes.

Helena Monteiro