1 – Qual a importância da inclusão dos profissionais PCDs nas Organizações, além da obrigatoriedade da Lei de Cotas?
Um aspecto importante da inclusão destes profissionais no mercado de trabalho foi romper com os preconceitos que existiam quanto às suas limitações. Só assim as empresas puderam conhecer os verdadeiros talentos que estes profissionais possuem, independentemente das suas deficiências.
2 – O que é necessário para vencermos as barreiras do preconceito na inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho?
É fundamental buscarmos informações, pois ao buscarmos as informações esclarecemos nossas dúvidas e com isso exercitamos o respeito à diversidade humana. E munidos destas informações descobrimos que a maior barreira em relação às pessoas com deficiência é a nossa própria atitude!
3 – Qual o maior desafio para as empresas implantarem o programa de inclusão de PCDs?
Percebemos que o maior desafio é acabar com o preconceito que ainda há em alguns ambientes organizacionais. Muitas vezes, por desconhecimento, as pessoas acreditam que as pessoas com deficiências irão atrapalhar o desenvolvimento das atividades diárias das equipes na empresa. E isso não é o que ocorre. Há muitos talentos e muitos profissionais comprometidos e focados no seu desenvolvimento profissional, aguardando uma chance.
4 – Qual sua recomendação para desenvolver e sensibilizar os Gestores quanto à inclusão de pessoas com deficiências?
O primeiro movimento para a inclusão da pessoa com deficiência na empresa deve ser promover fóruns e palestras para esclarecer aspectos importantes sobre a lei de cotas, bem como para falar sobre os talentos e potenciais dessas pessoas. Ou seja, a primeira ação será desmistificar estes preconceitos que ainda possam existir na empresa.
5 – E quanto à resistência dos Gestores com relação à produtividade das pessoas com deficiências, como podemos fazê-los quebrar estes paradigmas?
Precisamos criar mais fóruns e palestras onde possamos apresentar pessoas com deficiência que possuem grandes talentos, como um saxofonista, um ginasta e uma ginasta campeões, uma cantora, um comediante, um físico, enfim tantos exemplos de talentos que souberam superar as suas deficiências físicas e puderam mostrar seu potencial. Basta darmos uma chance para as pessoas.
Mas para isso precisamos realizar um excelente processo seletivo. Não basta somente inserir, precisamos incluir na empresa, ou seja, receber, acolher e orientar. Para isso o processo seletivo precisa ser claro e exato. Aliás, como todo processo seletivo necessita ser. Colocar a pessoa certa no lugar certo, realizando as atividades compatíveis. Fora isso, esse plano de inclusão não terá eficácia, como qualquer outro processo de seleção de pessoal.