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Cenário educacional e o mercado de trabalho

Hoje ser bom aluno só já não basta, pois sabe – se que a escola está longe de atender às novas necessidades do mercado de trabalho.

O jovem de hoje encontra muitos desafios para iniciar sua vida profissional, pois além de ter que escolher a carreira que irá seguir, precisa desenvolver as chamadas novas habilidades, que são a fonte da empregabilidade ( ou da laboralidade, já que estamos assistindo ao fim da era do emprego).

Hoje o bom profissional é aquele que se exercita em diferentes empresas e habilidades dentro de sua área, da sua profissão.

Cada vez mais cedo os futuros trabalhadores buscam as empresas cheios de incertezas, pois precisam enfrentar as mudanças velozes do mundo do trabalho.

Mas não está preparado para escolher a carreira que vai seguir. Sem informação sobre profissões e com a pressa de ter um emprego rapidamente, ele abandona a escolha que levou em conta sua aptidão e fica com a escolha que lhe dá possibilidade de inserção.

O jovem está ouvindo das empresas: só vai ficar empregado quem tiver as outras competências que se adquire fora do ambiente escolar. Precisa ser empreendedor. Porém, ele não pode ser empreendedor se no currículo do seu curso não havia marketing, se não aprendeu a negociar contrato’, não teve formação em relações humanas. Este jovem hoje é pressionado a ingressar no mundo desconhecido do trabalho e exigimos muito dele.

Ele precisa começar cedo também a estabelecer o quanto antes a sua rede de relacionamentos profissionais, que o ajudará na busca da sua especialização.

Esta também é uma geração que começa a se habituar ao fato de que a vaga no mercado de trabalho está muito ligada à maneira como se busca o conhecimento. Quanto mais se busca conhecimentos fora do mundo acadêmico, mais condições se tem de competir. O jovem descobriu que quando coloca o currículo na Internet, mesmo em busca de uma vaga em empresa brasileira, ele está competindo com estudantes do mundo inteiro. É uma cabeça mais aberta para o valor do trabalho e para a busca dessa excelência, que não se resume ao conteúdo do currículo escolar. Daí os cursos seqüenciais, de curta duração, destinados aos profissionais que já se formaram, para se adequarem aos novos postos de trabalho, fazerem sucesso.
Os jovens sabem que tem que ser competitivos para sobreviverem nesse mercado.

As escolas precisam desenvolver pesquisas a fim de identificar as mudanças com antecedência e oferecer os cursos adequados, e que cursos deveriam ser criados para atender a demanda futura do mercado e quais as necessidades para o desenvolvimento do país.
As universidades não estão fazendo nenhum trabalho sobre tendências de mercado. Estamos, muitas vezes, formando pessoas para mercados que não existem mais.